A Due Diligence e sua importância no cenário econômico brasileiro contemporâneo
Entenda o conceito de Due Diligence e porque ele é um instrumento fundamental nos processos de Fusão & Aquisição de empresas.
É bem possível que você já tenha lido nos cadernos de economia da imprensa a respeito da retomada do interesse de investidores, sobretudo estrangeiros, em adquirir empresas nacionais com bom potencial de crescimento. As razões para tal interesse não são tão complexas de serem compreendidas: o enfraquecimento econômico brasileiro dos últimos anos reduziu também o valor de mercado de companhias do país e, aliado a este fato, temos um grande público de consumidores internos que devem reaquecer a economia em um futuro que se espera seja próximo.
Neste contexto em que o Brasil volta a chamar a atenção de investidores, a Due Diligence assume um papel fundamental, uma vez que ele é um dos principais instrumentos para que os processos de aquisição de companhias ocorram de um modo bem-sucedido e, embora esta ferramenta seja cada mais discutida e aplicada no ambiente empresarial contemporâneo, a verdade é que ainda há muita confusão sobre seu conceito. Neste artigo, abordarei a definição de Due Diligence e quais as suas principais finalidades nos processos de fusão e aquisição.
O conceito de Due Diligence e sua importância no mundo dos negócios
Quando tratamos de uma transação tão complexa quanto a aquisição de uma empresa, é natural que se tomem medidas em prol da segurança de tal processo – do contrário, aquilo que se apresentou como uma boa oportunidade de ganho de mercado, pode tornar-se uma terrível dor de cabeça.
É aqui que entra a Due Diligence, a qual consiste, basicamente, numa análise minuciosa da empresa que está sendo adquirida. Seu objetivo principal é avaliar quais são os potenciais riscos e pontos críticos da organização analisada e encontrar possíveis soluções para os problemas eventualmente encontrados.
Durante esta análise, é natural que se investigue criteriosamente as principais práticas adotadas pela empresa a ser adquirida (geralmente é chamada de “target”) nas áreas contábil, tributária, trabalhista e previdenciária.
Analisado seu conceito, é simples entender porque a Due Diligence é uma ferramenta tão importante para o mundo dos negócios atual – sobretudo quando se observa o aquecimento acima descrito no mercado de aquisições.
Para a companhia que está adquirindo uma nova empresa, tal medida é um passo que minimiza os riscos envolvidos na transação e que, caso não sejam suficientemente avaliados, podem culminar em perdas financeiras significativas.
Já para os empreendedores que almejam alienar parcialmente ou totalmente seus empreendimentos, a Due Diligence também é uma forte aliada, visto que ela fornece um retrato preciso da realidade do negócio, sendo assim útil para que se identifiquem os principais riscos e, destes potenciais riscos, os que podem ser sanáveis para, portanto, tornar a empresa mais bem avaliada.
Conclusão
Com tudo isso, acredito que tenha sido possível demonstrar o papel de destaque que a Due Diligence assume com o reaquecimento do mercado de aquisições. Em se tratando do universo empresarial, qualquer ação importante precisa estar ancorada em planejamento e na análise dos riscos. Neste sentido, nada mais lógico do que tomar todas as medidas necessárias para que as chances de sucesso na hora de comprar ou vender uma empresa sejam ampliadas.
*Artigo publicado originalmente no Linkedin em 01/06/2016.